As aves de rapina possuem um papel chave no equilíbrio ecológico das áreas onde vivem. Por serem predadoras, exercem uma influência estabilizadora nos ecossistemas, controlando a população de presas, auxiliando na manutenção de altos índices de diversidade. A comunidade envolvida na teia alimentar de um único espécime é composta por várias espécies de produtores e consumidores de diversas ordens. Dessa forma, a eliminação de uma ou mais espécies de rapinantes de um determinado ambiente causa uma série de desequilíbrios ecológicos, como a superpopulação de presas, escassez de recursos, e etc.
Algumas espécies regulam a população de animais de interesse ao homem, como roedores, pombos, aranhas, escorpiões e cobras. Outras, como os urubus, alimentam-se de carniça, sendo responsáveis pela eliminação de 95% das carcaças de animais mortos na natureza.
São ótimas bioindicadoras de alterações ambientais e da qualidade do hábitat devido a sua sensibilidade à contaminação na cadeia alimentar e a impactos antrópicos.
Também podem ser utilizadas como "espécies-bandeira" para programas mais amplos de conservação, já que alguns rapinantes possuem grande apelo popular. Também podem ser utilizadas em ações de educação ambiental com crianças e comunidade em geral, já que gaviões e corujas despertam fascínio e admiração.
Seus hábitos, biologia e comportamento podem servir de base para ensinar muitos temas de ecologia, conservação, evolução, matemática, etc.
Apesar da importância ecológica e do apelo social, pouco se sabe sobre a ecologia das aves de rapina do Brasil, existem poucas pesquisas dedicadas ao grupo. Desse modo, o desenvolvimento de estudos voltado a ecologia, biologia de rapinantes é de fundamental importância para desenvolver estratégias de conservação.
:: Página atualizada por: Willian Menq em Abr/2016. ::
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