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Corujinha-orelhuda Megascops watsonii (Cassin, 1849)
Ordem: Strigiformes | Família: Strigidae | Monotípica


Indivíduo adulto. Foto: Vanilce Souza

Espécie endêmica da bacia norte da região amazônica. Habita florestas altas e várzeas onde há palmeiras. É insetívora e noturna, durante o dia descansa em buracos ou galhos de árvores à média altura.


Descrição:
Coruja pequena, mede cerca de 19-24 cm de comprimento e peso de 114-155 g (Holt et al. 1999). Apresenta dorso escuro, variando do marrom ao cinza, partes inferiores mais claras com estrias e tufos de penas no alto da cabeça; tarsos são emplumados até a base dos dedos. Íris variando do castanho ao marrom-alaranjado (amarelo-âmbar).

Espécies-similares: Pode ser confundida com a corujinha-do-mato (Megascops choliba), que sobrepõe sua distribuição; M. watsonii diferencia-se principalmente pelo padrão de estrias do ventre e pela coloração da íris marrom-alaranjado (na M. choliba a íris é amarelo-brilhante). Assim como suas congêneres, a forma mais segura de identificar a espécie é através da vocalização.

Taxonomia: Foi separada da corujinha-relógio (M. usta), devido a diferenças vocais. Em áreas onde as duas espécies se sobrepõem, pode ocorrer intercruzamentos, como sugerido por gravações de cantos aparentemente “intermediários”.

Dieta e comportamento de caça: Assim como as outras corujas do gênero Megascops, caça insetos no estrato médio e superior de florestas primárias.

Reprodução: Biologia reprodutiva desconhecida. É provável que tenha o mesmo comportamento reprodutivo das outras Megascops, nidificando em cavidades e buracos em árvores, vocalizando com mais frequência nas estações quentes.

Distribuição Geográfica: Distribui-se da bacia a norte da Amazônia brasileira, Venezuela até a Bolívia.

Habitat e comportamento: Espécie endêmica da bacia norte da região amazônica. Habita florestas altas e várzeas onde há palmeiras. Ocorre em terras baixas, geralmente até 600 m acima do nível do mar. Porém, há registros da espécie em 2.100 m na Serra do Perijá (extremo norte da Colômbia/noroeste da Venezuela), e na região de Orinoco. Embora seja simpátrica com M. choliba, é uma ave mais típica do interior de florestas maduras.

É estritamente noturna, vive solitária ou aos pares. Durante o dia descansa em buracos ou galhos de árvores à média altura. Seu canto consiste em uma sequência de sons “bubububububu…”, emitidos principalmente no crepúsculo. Segundo Barros & Cintra (2009) parece gostar de trechos da floresta com maior frequência de troncos quebrados em pé.

Movimentos: Espécie residente.



Indivíduo adulto. Presidente Figueiredo/AM, Jul. 2014.
Foto: Romilson Junior

Adulto e filhote no ninho. Manaus/AM, Ago. 2017.
Foto:
Anselmo d`Affonseca


:: Página editada por: Willian Menq em Fev/2018. ::



Referências:

Barros, O. & Cintra, R. (2009). The effects of forest structure on occurence and abundance of three owl species (Aves: strigidae) in the central Amazon forest, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia (Online), v. 26. p. 86-95.

Konig, C. & Weick, F. (2008) Owls of the world. Segunda Edição. New Haven, Connecticut: Yale
University Press.

Holt, W., Berkley, R., Deppe, C., Enríquez Rocha, P., Petersen, J.L., Rangel Salazar, J.L., Segars, K.P. & Wood, K.L. (1999) Species acounts of Strigidae. Em: Del Hoyo, J., A. Elliott, e J. Sargatal, (eds.) Handbook of the birds of the world. Volume: 5: barn-owls to hummingbirds. Barcelona, Espanha. Lynx Edicions. 759p.

 

Citação recomendada:

Menq, W. (2018) Corujinha-orelhuda (Megascops watsonii) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/megascops_watsonii.htm > Acesso em: .



 
 

Distribuição Geográfica:

Status: (LC) Baixo risco

Canto - (gravado por: Bob planqué)
By: xeno-canto.